sábado, 19 de janeiro de 2013

Jequitiranaboia (Fulgora laternaria)

         




 
 

Um amigo veio de uma viagem ao Amazonas com uma curiosidade, ele informou que conheceu um inseto extremamente perigoso que os moradores locais possuem grande temor, segundos algumas informações passada a ele, se fosse picado teria que ter relações sexuais em menos de 24 hs ou morreria, claro que ele não levou muito a sério, mas a crença do local é que despertou o interesse, perguntou se conhecia o inseto “Tirana Boia”, eu disse que são vários as espécies de insetos descritas e maior ainda as que não foram descritos, principalmente em locais como o Amazonas, mas, faria uma pesquisa e daria a resposta, qual foi a minha surpresa ao descobrir que esse inseto é da família Fulgoridae, que pertence a ordem dos Himenopteras subordem Homoptera, (alguns descrevem Homoptera com ordem), nos Homopteras estão classificadas as cigarras, pesquisando o inseto vi que realmente é descrito na crença de diversos povos, não só do Brasil, e data na época do descobrimento, como grande temor dos índios.
 


 
 
 
         


A Jequitiranabóia, originária do Tupi-guarani significa cigarra parecida com cobra, é uma espécime difícil de observar na natureza e está presente em várias partes do Brasil, realmente provoca um olhar de curiosidade nas pessoas, pois, possui uma protuberância em sua cabeça que a faz parecido com um jacaré, e o ferrão, que para os leigos, é altamente mortal, não passa de um estilete sugador, onde ele injeta em algumas plantas para poder sugar a seiva, de onde se alimenta. Como em alguns tipos de lepidópteros (Borboletas) do gênero Caligo, possui um desenho em suas asas parecido com olho de corujas, que provavelmente usam como forma de proteção para assustar possíveis predadores.


         


   


        A nossa luta está na informação, pois, na cultura geral devemos sacrificar todos os espécimes desse inseto que encontrar devido a sua periculosidade, imagine a quantidade que foi morta devido a essa falsa fama, e outros animais que sofre as mesmas calúnias, chegando ao ponto de estar futuramente na lista de animais ameaçados de extinção, o que torna nossa luta ainda mais importante.

Na próxima exposição venha ver nosso temível amiguinho.








Referências Bibliográficas

NETO, ERALDO MEDEIROS COSTA. Fatos reais e lendários sobre a jequitiranabóia, Ciência Hoje, Rio de Janeiro, V.34, n.201,p.66-68, 2004.

NETO, ERALDO MEDEIROS COSTA. Fulgora laternaria Linnaeus, 1758 (Hemiptera: Fulgoridae) na concepção dos moradores do povoado de Pedra Branca, Santa Terezinha, Bahia, Brasil – Revista de Ciências Ambientais, Canoas, V.1, n.1. p.35-56, 2007

sábado, 12 de janeiro de 2013

Sambaqui da Beirada - Saquarema


Em saquarema existem lugares de muitas histórias, que vão desde Piratas no morro do tesouro, de Charles Darwin em sua viagem pelo planeta, da professora Luli Oswald em seu contato extraterrestre, da Batalha dos Tamoios, as Beachrock de Jaconé até os Sítios Arqueológicos conhecidos como Sambaquis.

Hoje falaremos um pouco sobre o Museu Sambaqui da Beirada que é aberto ao público onde são visto restos mortais de nossos antepassados, um passeio em um bosque com plantas originárias da região individualmente identificadas e quando agendado assistir uma palestra com especialistas no assunto, os Sambaquis (palavra de origem indígena significando “amontoado de Conchas”) correspondem a estruturas arqueológicas comuns em regiões litorâneas onde registram locais onde populações humanas pré-históricas habitavam temporária ou permanentemente, constituindo-se pelo predomínio de conchas e osso de animais, sobretudo de peixes.

O Museu é um local visitado por pesquisadores e pessoas de vários países devido a sua importância arqueológica que graças a Doutora Lina Maria Kneip (in Memorian) e atualmente a Dra Filomena Crancio, Arqueólogas do Departamento de Antropologia do Museu Nacional, em uma luta constante mantém a riqueza arqueológica da região, quase totalmente destruídas devido a ação humana como a especulação imobiliária, restando apenas 4 sítios arqueológicos, sendo o da Beirada o único aberto a visitação, sua visitação totalmente gratuita onde podemos adquirir livros com artigos científicos e lembranças por preços simbólicos, mas com grande importância cultural.     

Fonte: O Sambaqui de Mantiba I e outros Sambaquis de Saquarema, Rj , Documento de trabalho nº 05, Série Arqueológica,  Dra. Lina Maria Kneip.


Exposição com peças encontradas no Sítio Arqueológico

Exposição ao ar livre de restos mortais de sambaquianos 




Bosque com plantas originárias da região

Sede do Museu

 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Tamoios - Senhores do Litoral

       Olá a todos, estamos voltando as postagens no blog, principalmente após nossa indicação ao prémio Dardos 2012, nesse ano que se inicia teremos muitas informações não só sobre a biodiversidade mas também sobre a cultura em geral, pois, estamos com um projeto de criação de um Museu de Conhecimentos Gerais em Jaconé - Saquarema, com o apoio necessários iremos conseguir.
      Iniciando, Para aqueles que gostam da histórias que não é contada em livros didáticos, mas que segundos pesquisadores, são fatos reais estou indicando um livro que gostei muito e mostra um pouco da história não contado do Estado do Rio de Janeiro, principalmente da Região dos Lagos, na época do descobrimento, chama-se "Tamoios - Senhores do Litoral" cujo editor é o Sr. Paulo Luiz Oliveira, um pesquisador de muita seriedade e apaixonado pelo assunto, cujo prazer tive de conhecer-lo pessoalmente, Boa Leitura.